Zona Franca
É a zona em que eu me vingo da realidade política, social e econômica do Brasil e do mundo!
Nasci no Rio de Janeiro em 25 de janeiro de 1948, filho do músico e compositor Djalma Ferreira (1913-2004), ilustre personagem da boemia carioca dos anos 1950. Vivo em Salvador, Bahia, desde que voltei do exílio, em 1979.
Em 1968 fui preso simplesmente porque tinha cabelo grande e barba grande; em 1970 fui preso devido à minha militância política; e em 1971 fui preso e acusado de pertencer à ALN. E, aproveitando um vacilo do Coronel Miranda do 25º Batalhão de Infantaria Blindada, me mandei para o Chile. Ainda bem porque ser preso pelas autoridades constituídas já estava começando a virar um hábito.
E aí, com o golpe militar contra o Governo democraticamente constituído de Salvador Allende, fugi para a França.
Em 1973, na Sorbonne, me formei em História (Paris VII - Jussieu) e, posteriormente, me especializei em Demografia (Paris I - Tolbiac).
Com a Anistia voltei para o Brasil e, apesar do SNI ainda tentar impedir que eu conseguisse algum emprego público, comecei minha vida profissional como Demógrafo e Especialista em Indicadores Sociais na Secretaria de Planejamento e Tecnologia do Governo da Bahia. Fixei residência em Salvador onde estou até hoje com algumas interrupções para viver e tentar a sorte em Las Vegas onde residem meu irmão, minhas irmãs e minha mãe.
Nesse ínterim ainda atuei como Consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento na Coordenação do Programa de Apoio a Menores de Rua e, posteriormente, como Consultor e Coordenador do Escritório da UNESCO na Bahia.
Finalmente aposentado desde 2010, resgato minhas lembranças em crônicas e artigos para jornais e para a internet. Minhas fantasias e imaginação se juntam à ficção, à realidade, aos sonhos e aos pesadelos. Aí, crio histórias e estórias aproveitando a memória enquanto ainda posso, porque, essa, também, já começou a falhar
E como atualmente estou de saco cheio de ouvir que para governar tem que se aliar aos trezentos picaretas e me sinto cansado e velho para sair revoltado dando tiros pelas ruas, tome-lhe reclamação em blogs, em websites, em cartas para Ouvidorias...
Mas uma coisa eu não esqueço: estou vivo e gosto de rir. Sei que hoje, quando olho pra esse Brasil sil sil, fica difícil. Mesmo assim, satirizo declarações oficiais e ridícularizo as atuações políticas de nossa valorosa e nobre classe política.
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